quinta-feira, 30 de junho de 2011

Team 10

O Team 10 foi constituído em 1954 e refere-se a um grupo de arquitetos reunidos após a dissolução do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), com o objetivo de rever os seus conceitos. O nome é dado pela atribuição que os membros pioneiros tinham de preparar o 10º CIAM. A primeira reunião formal do grupo sob o nome de Team X ocorreu em Bagnols-sur-Cèze em 1960, o último, com apenas quatro membros presentes, foi em Lisboa em 1981. O núcleo do grupo Team X era composto de sete participantes mais ativos e envolvidos, ou seja, Jacob Bakema, Georges Candilis, Giancarlo De Carlo, Aldo van Eyck, Alison e Peter Smithson e Shadrach Woods. Outros participantes e suas contribuições foram também importantes, particularmente os de José Coderch, Ralph Erskine, Amâncio Guedes, Rolf Gutmann, Geir Grung, Oskar Hansen, Reima Pietila, Charles Polonyi, Brian Richards, Soltan Jerzy, Oswald Mathias Ungers, John Voelcker, e Stefan Wewerka.



Eles se referiam a si mesmos como "pequeno grupo familiar", onde um arquiteto se amparava no outro. Entendia e era entendido pelos companheiros. Eles tiveram influência sobre o desenvolvimento do pensamento arquitetônico de todo o mundo, na segunda metade do século XX, principalmente na Europa. Dois movimentos distintos emergiram do Team X: o Novo Brutalismo dos membros ingleses Alison e Peter Smithson e o Estruturalismo, dos membros holandêses Aldo van Eyck e Jacob Bakema. O grupo possuía cerrada postura crítica face ao “estilo internacional” do modernismo.

Reunião do Team X em Roterdã, no jardim da casa de Van Eyck em Loenen, 1974


Reunião do Team X em Otterlo

Nas reuniões de trabalho da equipe o método adotado era pragmático e empírico, em oposição ao método sistemático e à vontade de definir objetivos globalizados e universais dos CIAM. Os encontros do Team 10 não se realizavam com um tema comum e palestras específicas. Sendo assim, as reuniões não produziam textos, teorias ou manifestos, mas sim opiniões, fragmentos e breves ensaios que se unem aos artigos que cada um dos membros vão publicando.

Escola de Hunstanton. Alison e Peter Smithson. 1956


Conjunto habitacional em Marrocos. Bodiansky, Candilis, Piot e Woods. 1952


O conceito de tronco. Projeto Caen-Herouville (France), 1961. Candilis, Josic e Woods

Para os membros do Team 10, continuar com projeto da arquitetura moderna significa dar uma guinada nas pretensões universalistas e positivas dos CIAM. Trata-se de continuar com esta vontade de se aproximar ao mundo da ciência, da tecnologia e da produção, mas não definindo grandes teorias ou projetando protótipos, mas sim imitando o método científico experimental e empírico que analisa caso a caso.

Referências
www.team10online.org

Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

A Basilica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecida como santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida ou Basílica Nova, é maravilhosa pela sua grandiosidade. Fica localizada na cidade de Aparecida (mais conhecida como Aparecida do Norte), no interior do Estado de São Paulo, Brasil. É o terceiro maior templo católico do mundo.
Benedito Calixto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega.Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta levou ao vaticano o projeto da,então, futura basílica, que foi julgada como brilhante pela comissão examinadora.
A "Basílica Nova" teve sua terraplanagem iniciada em 1952 e terminada em 1954.Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955, pela "Nave Norte", e seguida pela "Torre Brasília", que teve suas ferragens doadas pelo presidente Juscelino Kubitschek.Terminada a torre, as próxima obra foi a "Cúpula Central", e depois, já em meados de 1972, a "Capela das Velas" e "Nave Sul", passando em seguida para as "Naves Oeste e Leste", e as alas intermediárias,finalmente.

A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, assim como várias outras construções, sofre influência dos antigos romanos. A igreja é toda fundamentada em arcos, suas janelas, entradas e outras passagens são marcadas por esse tipo arquitetônico.Além do arco, podemos observar o teto côncavo, encurvado da basílica, cuja estrutura é denominada abóbada.Foram usados para sua construção cerca de 25.000.000 de tijolos e 40.000 metros cúbicos de concreto.
Foi inaugurada em 4 de julho de 1980, quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e ,em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a Basílica atual com a antiga. A igreja é visitada anualmente por aproximadamente oito milhões de romeiros por todas as partes do Brasil.

Medidas da Basílica de Nossa Senhora Aparecida

Torre Brasília : 100 metros de altura, 18 andares com o mirante
Cúpula Central: 70 metros de altura e 78 metros de diâmetro
Naves: 40 metros de altura
Área construída: 23.000 metros quadrados
Área coberta: 18.000 metros quadrados
Volume de concreto usado: 40.000 metros cúbicos
Quantidade de tijolos usados: 25.000.000
Capacidade de acolhimento no interior da basílica: 45.000 pessoas
Área de estacionamento: 272.000 metros quadrados

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida é uma construção que chama atenção pelas suas dimensões, no seu interior a sensação é de inferioridade em relação aos seus grandes vãos. Diante dessa enorme obra não se tem o que falar , apenas que é maravilhosa!

Verde Vida nos interiores

O cultivo de plantas ornamentais no interior das residências tem um encanto peculiar e, por isso mesmo , é cada vez maior o número de interessados no assunto. As plantas que vicejam dentro de casa estão sempre protegidas contra as inclemências do tempo;podem ser cuidadas a todo momento, quaisquer que sejam as condições meteorológicas reinantes; e emprestam ao lar uma beleza ímpar, que nenhum recurso artificial pode ultrapassar.Não há dúvida que o fato de o mundo ocidental estar-se urbanizando rapidamente, havendo cada vez menos jardins, nos leva a querer expressar aquele amor inerente à jardinagem, profundamente enraizado por uma longa tradição de civilização. Atualmente, apesar da falta de espaço, ainda é possível cultivar , a exemplo de nosso ancestrais, muitas plantas interessantes e decorativas para o nosso lar. Plantas ornamentais também possuem bastante mobilidade. Podemos alterar completamente o ambiente mudando suas posições.Mais ou menos sol, mais alto ou mais baixo, um grupo em vez de uma série disposta ordenadamente, um vaso composto de várias espécies ou de uma só , tudo renova o interêsse , e a variedade é infinita.Não devíamos perder tempo lamentando os jardins do passado. As maneiras pelas quais podemos arranjar as plantas em diversos ambientes, tais como escritórios, hospitais , vitrines, salas de conferência, instalações comerciais e hotéis, são ilimitadas, mas na esfera doméstica elas fazem parte do lar , devendo partilhar sua posição com os proprietários e com a mobília , qualquer que seja seu estilo, de modo a formar um todo harmonioso. É por isso que muitas plantas ornamentais favoritas são verdes, pois esta cor combina muito bem com todas as outras.Contudo se houver no aposento cortinas ou tapeçaria de colorido brilhante é preciso considera-las no momento de escolher plantas com flores, folhas ou frutos coloridos.O cultivo de plantas ornamentais pode ser uma fonte de constante interêsse para qualquer pessoa obrigada pela idade ou pela doença a viver num apartamento.Um só vaso pode proporcionar muita satisfação .São bastante compensadoras a atenção constante, a responsabilidade pelo cuidado e a satisfação pelo seu bem-estar.
Na escolha do tipo de planta, além de fatores estéticos, devemos levar em consideração as condições e cuidados necessários ao bom desenvolvimento dos diversos tipos de plantas tais como: luminosidade; temperatura; umidade; influência de ventos; tamanho e tipo de vaso; rega ; adubação; limpeza; proteção contra pragas e doenças.

Segue abaixo algumas sugestões de vasos e plantas de acordo com o ambiente da casa:


- Plantas indicadas para ambientes internos com pouca luminosidade (sombra): Zamioculcas e pacová. Precisam ficar protegidas do sol direto. A rega pode ser feita moderadamente, deixando o solo levemente seco antes da próxima rega.




















- Plantas indicadas para ambientes internos com muita luminosidade (meia sombra ou sol): Yuca brava, pata de elefante e sansevéria.


















Hall de entrada: Vaso quadrado branco alto com cica.






Sala de estar: Cachepô de inox com chamaedora ou árvore da fortuna e felicidade.




















Sala de jantar: Cachepô de vidro quadrado alto com árvore da fortuna e felicidade.

















Cozinha: Cachepô de madeira com flor de pimenta.





Quarto: Cachepôs de madeira quadrados, em forma de cone, com zameoculcas ou lírios da paz.








Banheiro: Cachepô de vidro quadrado alto, com pau de água e revestimento de pedras gress ou casca de pinus.







Varanda: Cachepô de inox com pleomele variegata.




Área de serviço: Vaso quadrado alto de cimento, com palmeira phoênix.




Escadas:
Cachepô de madeira com zameoculcas.

Separação de ambientes:
Cachepô rústico com rafhis.








Decoração de mesa: Cachepôs de cerâmica artística com orquídeas.





referências: PLANTAS PARA CASA- Compton, Joan - ED.PRISMA;
www.cultivando.com.br/consulta_plantas_ormamentais ;

"Encantada": A casa de Santos Dumont

Erguida em 1918, "A Encantada" (apelido dado à casa por se localizar na Rua do Encanto, em Petrópolis) apresenta a personalidade única de Santos Dumont, o pai das aviações. Planejada por ele e contruída pelo engenheiro Eduardo Perdenheiras, foi fruto de uma aposta entre os amigos de que ele conseguiria fazê-la em um espaço pequeno de um morro.
Já a visitei duas vezes e nas duas fiquei deslumbrada por seus detalhes, que se destoam de todas as outras casas da cidade. Refletindo a mente brilhante de seu dono, ela apresenta o primeiro chuveiro de água quente do Brasil; seu aquecimento foi feito a álcool. Seguindo a praticidade, os cômodos não apresentam divisórias e a cama do inventor, que fica no mezanino, também servia de mesa para espaço de trabalho durante o dia. Abaixo do mezanino fica a sala, composta de uma mesinha no canto e prateleiras que guardavam seus livros. Tudo muito simples e prático.
São três andares e um terraço funcionando como observatório, onde o dono realizava seus estudos astronômicos. O primeiro andar é o porão que servia de oficina; o segundo, a sala; o terceiro, o quarto e o banheiro. Não havia cozinha, sendo as refeições vindas do Palace Hotel, atual Universidade Católica de Petrópolis. Algo curiosíssimo sobre a casa é que, como seu terreno é inclinado, suas escadas também são. Para evitar tropeços, os degraus são cortados em forma de raquete, obrigando a pessoa a começar a subí-la com determinado pé (a escada do exterior começa com o pé direito e a do interior, com o pé esquerdo). Detalhe: os cômodos são complementares às paredes.
Atualmente, a casa pertence à Prefeitura de Petrópolis e nela funciona uma instituição que guarda as memórias do inventor. Vale a pena visitá-la.

Casa de Cacos de Louça

A Casa de Cacos fica em Contagem, na Rua Inez Glazmann de Almeida, 132, no bairro Bernardo Monteiro. Essa casa começou a ser criada em 1963 pelo geólogo Carlos Luís de Almeida e ela parou sua construção em 1989, quando o mesmo faleceu.

Na época a casa foi aberta à visitação se tornando um ponto turístico da cidade. O criador dela participou de várias entrevistas e pedia para as pessoas doarem cacos para ele. Com isso ele conseguiu porcelanas de várias partes do mundo. A idéia principal da casa era revestir as paredes, móveis, piso e teto com cacos de vidro, porcelanas, faróis de carro, etc. Absolutamente tudo que tem na casa é coberto por cacos, formando mosaicos diversos.

Na década de 90 a casa foi tombada como patrimônio histórico e cultural pela prefeitura da cidade e foi fechada para visitação. Hoje ela está abandonada e perdendo muitos dos seus cacos por causa do tempo e da falta de cuidados. É uma pena que um patrimônio como este, tão importante para a história da cidade esteja acabando.


O projetista da casa teve muito cuidado com os detalhes, vemos isso nos mosaícos do muro, nos desenhos que ele formou com os cacos.

As fotos para a postagem foram tiradas por fora da casa, já que ela está fechada, por isso não tem tantas perspectivas e detalhes e não tem fotos da parte de dentro da casa.

Em volta dessas mesas, uma cidade - Bares como lugares na história de Belo Horizonte


A exposição “Em volta dessas mesas, uma cidade” está aberta ao público desde o dia 25 de novembro de 2010 até novembro de 2011, das terças aos domingos das 10h às 17h e às quintas das 10h às 21h no MHAB, Museu de História Abílio Barreto, e aborda a relação da cidade mineira com os bares, desde o início de sua construção.


Desde sempre, os bares configuram-se como lugares abertos ao público, proporcionando diversas possibilidades e maneiras de aproximação entre as pessoas. Pontos para encontros de diversas naturezas, as pessoas interagem por meio de sentimentos variados, experiências sociais, diálogo, gestos, olhares e palavras, e cria-se um ambiente pessoal, mesmo que de forma diversa pelos os clientes.


Independentemente da época, sua funções ou direcionamentos não mudam, porém, cada bar possui características singulares, sejam eles traços arquitetônicos ou decorativos, o cardápio ou mesmo os estilos musicais. E são essas pequenas, mas relevantes diferenças que são capazes de influir na identidade de um bar e contribuir para a riqueza de identidades da “Capital dos Bares”.


Dessa forma, devido aos 12 mil bares e restaurantes presentes na área metropolitana e à importância de homenagear a capital por esta diversidade cultural, a exposição mostra os bares, cafés e botequins que marcaram presença na cidade desde sua inauguração, lugares que foram e ainda são simbólicos na capital e que se tornaram
espaços de dispersão cultural e memória.



Além disso, a exposição revela a importância dos bares
para a manutenção das múltiplas identidades através de documentos, recortes de jornais, imagens, textos e objetos da época que constituíram estes estabelecimentos.



Especificamente, a mostra dispõe de ambientes diversos e, entre eles, está o Túnel do Tempo, que leva o visitante a um passeio pelos primeiros bares da cidade e há também um mapa que indica a localização atual dos 12 mil bares em Belo Horizonte. Por todo o espaço, há entre os diversos objetos, mesas, cadeiras, coleção de garrafas de cervejas, cachaças e outras bebidas com marcas que não existem mais, e ainda, uma mesa de sinuca que pertenceu a Juscelino Kubitschek, dentre outras raridades.



O mais interessante, é que mais da metade do acervo da exposição foi adquirida
com a participação dos próprios proprietários dos bares e de colecionadores e foi disposta de maneira extremamente criativa, criando um ambiente típico de bar, com balcões, bancos, garrafas, latas, baldes de gelo com as bebidas, sinuca, além das incríveis luminárias de garrafas de vinho e um lindo paredão imenso de copos de bar (os populares copos americanos) que climatizaram o espaço.




Sendo assim, para contribuir com a institucionalização dessa identidade, criou-se uma nova lei municipal que intitula Belo Horizonte a “Capital Mundial dos Botecos” e estabelece o “Dia Municipal dos Botecos”, a ser comemorado, anualmente, no terceiro sábado do mês de maio; já que desde a década de 70, vem sendo construído um discurso que define a capital como a “Cidade dos Bares”.