sábado, 26 de novembro de 2011

A Mobilidade Urbana em Belo Horizonte em Tempos de Copa

Mobilidade Urbana é a capacidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo considerado ideal, de modo confortável e seguro.

Uma das principais obras que perdurarão e poderão ser úteis pós Copa de 2014 são as supostas melhorias nos sistemas de mobilidade urbana para as cidades-sede do evento. O objetivo maior das ações e dos investimentos nesta área é promover a articulação das políticas de transporte, trânsito e acessibilidade, a fim de proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço de forma segura, socialmente inclusiva e sustentável.


Os empreendimentos priorizam a implementação e a melhoria de sistemas de transportes coletivos e de meios não motorizados – voltados para pedestres e ciclistas –, bem como a integração entre diversas modalidades de transportes, com a constante preocupação de se alcançar o conceito de acessibilidade universal, garantindo a mobilidade de idosos e de pessoas com deficiências ou restrição de mobilidade.


Em Belo Horizonte, a região central tem prioridade por ser o local da maioria das trocas de viagens da região metropolitana e também por ser onde se localizam a maior parte dos equipamentos turísticos e culturais da cidade. Faixas de circulação exclusiva de ônibus especiais serão implementadas, terminais de embarque e desembarque serão instalados para possibilitar a implantação do sistema de alta capacidade de transporte BRT (Bus Rapid Transit).



O BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. É a articulação de veículos que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. É um meio de transporte público mais barato para construção se comparado aos metrôs. Curitiba foi a primeira cidade no mundo a aplicar esse sistema. Hoje ele é usado também em São Paulo, Goiânia e Uberlândia, além de cidades no Canadá, Colômbia, Chile, Espanha, EUA, França, México, Equador, Peru, Turquia e Venezuela.




Além do BRT, é previsto a expansão do metrô, que inclui duas novas linhas e a modernização e ampliação da linha única atual. E também a implementação do SITBus (Sistema Inteligente de Transporte Coletivo), que constitui um sistema integrado de gestão, monitoramento e informação do transporte coletivo. Foram implantados cerca de 50 veículos de teste.



 
Também estão previstas obras para as áreas do Boulevard Arrudas/Tereza Cristina, Avenidas Antônio Carlos e Pedro I, Cristiano Machado, Pedro II/Carlos Luz, Via 210 (ligação Via Minério/Tereza Cristina) e Via 710 (Andradas/Cristiano Machado) e a expansão da Central de Controle de Trânsito de Belo Horizonte. Com um orçamento inicial de 1,5 bilhões de reais.


Contudo, existe uma contrapartida de tantas melhorias no transporte público urbano. Até hoje, mais de 3.000 famílias estão ameaçadas de remoção para que essas obras sejam feitas. A Prefeitura de Belo Horizonte pressiona a desocupação de terrenos em diversas regiões da capital pela proximidade da Copa de 2014.



É certo que todas essas obras podem trazer benefícios para a capital mineira mesmo depois da realização da Copa do Mundo de 2014, mas até onde é válido fazê-las? 


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