quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Projeto Livro Virtual, Sarau Resenhar

Bom... Como o combinado, está aí o curta do nosso projeto! Espero que gostem...

USOS DA RUA

No processo de urbanização, a rua apresenta-se como lugar de realização de um tempo-espaço determinado. Na rua, a cidade manifesta-se, seja através do seu desenho ou da sua forma, seja enquanto lugar de realizações sociais. Desde a Antiguidade a rua é um elemento definidor da forma da cidade, bem como revela muito da vida social ali existente. Características que tanto marcaram as ruas em tempos pretéritos podem ainda ser encontrada, a sociedade moderna impõe uma nova cidade, portanto, expressa as exigências do movimento da modernidade, devendo ser ampla e bela.

Jane jacobs em seu livro “ Morte e Vida nas Grandes Cidades” não deixa de comentar sobre o balé cotidiano que acontece nas ruas das cidades, seja em bairros mais residências ou nos grandes centros urbanos. As ruas são palco de varias ações humanas, sejam sociais ou comerciais, o importante é que as pessoas se interessem pelas ruas, logo assim serão vigiadas e cuidadas pelos próprios usuários e moradores.

Na história da cidade brasileira, as ruas correspondem aos caminhos e às ruas tortuosas, que por sua vez, caracterizaram os desenhos dessas cidades, como também expressaram a vida social nelas existente. No século XX, as ruas ícones das cidades correspondem às largas avenidas. Avenida na língua portuguesa significa uma rua mais larga, geralmente com mais de uma via para a circulação de veículos. Essa é a grande característica da forma que a rua adquire nesse período, ou seja, ser voltada para os automóveis em detrimento dos pedestres, das bicicletas, das carroças e de qualquer outro meio de circulação diferente do veículo automotor e individual.

Nos livros lidos durante todo o semestre e evidente a mudança da visão comum sobre as ruas, que perderam sua essência social em função da funcionalidade, presença de automóveis, que circulam em alta velocidade. A rua como aspecto histórico aqui explicado, tras consigo uma bagagem histórica e cultural, podendo oferecer sensações diferentes das já vivenciadas, as ruas podem se versáteis, capazes de abrigar eventos, passeatas, confraternizações, mostras culturais.

Abaixo seguem alguns exemplos de BH, já muito conhecidos, mas que não deixam de ser super interessantes que importantes para a vida dos belorizontinos.
A feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena é um exemplo de utilização de ruas e avenidas como ambiente social, popularmente conhecida como feira Hippie, acontece todo domingo na capital mineira a mais de 41 anos. A Av. Bandeirantes localizada nas partes altas da zona sul da cidade é um outro caso de manifestação cidadã. Em busca de melhor qualidade de vida, parte da população belorizontina frequenta o ambiente para praticar cooper ou caminhada, forçando o poder publico a alterar o funcionamento estrutural da avenida.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Experiencia em transporte público



Hoje (28/11/11) vou descrever minha viagem sem rumo a bordo do onibus 8207, que faz a linha Maria Goretti/ Estrela Dalva, como experiencia em transporte público a lugar desconhecido...




07:00 da manha- Peguei o ônibus em frente ao Minas Shopping, na Avenida Cristiano machado, Atualmente renomeada de "linha Verde". Como deve ser comum para o horário, somente para embarcar cronometrei o tempo de 02min e 28 seg.
Seis minutos e trinta e dois segundos depois o motorista finalmente consegue fechar a porta, e com a chuva, o calor e o abafamento do veículo é total, todo mundo tá com as janelas fechadas.

Após arrancar, o transito está muito intenso; dentre arrancadas e frenagens, a velocidade máxima que o motorista consegue fazer até sair do túnel da lagoinha não ultrapassa os 20km/h.

Vale ressaltar que é incrível pela grandiosidade e robustez das construções, mas ao mesmo tempo triste a vista de debaixo dos novos viadutos, em sua imensidão de concreto que se forma antes do túnel para dar lugar aos carros, para quem lembra da avenida como era antigamente.




Já são quase oito da manha, e o ónibus chega à praça sete, entrando pela Av. Amazonas. passa pelo grande centro e entra na rua Curitiba, de onde é possível ver o mercado central. Seu ciclo de embarque e desembarque nesta regiao é mais rápido, porque ele se esvaziou bastante na praça sete. entretanto, ao atravessar a augusto de lima e parar no ponto próximo ao minascentro ele comeca a lotar novamente, estando novamente lotado antes de entrar na trincheira da Raja Gabáglia.


São 08:12, ele para no ponto da trincheira onde, após todos os passageiros "pagantes e beneficiários embarcarem, aparecem três moleques a se dependurarem nas portas para subirem a Raja de "carona"... infelizmente, devido ao vocabulário que os mesmos estavam utilizando, repleto de termos ameaçadores e palavras de baixo calão, podemos afirmar que a companhia dos mesmos não foi das mais agradáveis ... entretanto, eles desembarcam sem maiores problemas em frente ao colégio pitágoras, sem se intimidar com a presença de policiais no outro lado da rua, em frente ao tribunal.





A viagem segue, o ónibus esvaziou bastante no ponto do colégio. agora é possível ficar de pé sem esbarrar em ninguém, quando de repente, nos vemos agraciados com a linda vista da cidade que surge à esquerda perto do restaurante porcão... muitas concessionárias de carros importados parecem indicar o padrão social da regiao.

Quando chega no ponto do antigo Casa Raja Shopping, finalmente encontro um lugar para sentar. imagino, devido ao tempo de viagem o ponto final deve estar por perto. Mas, para meu deleite, descobri que ainda havia dois bairros a cruzar. Uau, como o bairro Buritis é Montanhoso! parece que o onibus começa a descer e só para na "esquina do inferno"! Porém lá não é um lugar feio.


Depois de passar em frente ao "Rancho Fundo", ele segue em direçã oao bairro Estrela D'alva, que parece ser um pouco mais antigo e humilde na região. sua arquitetura com prédios de tijolos a vista é bem interessante, principalmente pelo conjunto harmônico de pinheiros plantados em suas ruas. duas curvas à direita mais duas a esquerda o onibus finalmente chega a seu ponto final, na divisa com o bairro Havaí. neste momento, são 08: 37 da manhã.

Transporte Coletivo- Curitiba PR


Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada, onde foram instaladas bancas de revistas, cabines telefônicas e caixas de correio, além da pista própria, o primeiro expresso da cidade foi comparado a um metrô na superfície. Em média, todos os meses, 1,9 milhão de pessoas utilizavam esse novo sistema de transporte.



As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ônibus foi crescendo. Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de infra-estrutura da cidade.

Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a tarifa social. O preço da passagem era único independente do trecho da viagem. Com esta vantagem também foi colocada em prática a campanha "É com esse que eu vou", incentivando a população a deixar os carros em casa e utilizar o veículo coletivo.

Na década de 80, em terminais fechados os usuários passaram a utilizar roletas de acesso. Desta maneira foi possível implantar a passagem única. Os usuários podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova passagem. Com isto, se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte). Em 1980, os ônibus articulados com capacidade 80% maior, começaram a substituir gradativamente os antigos expressos. Isto significou economia de combustível em 46% e redução de custo de 21 % por passageiro transportado.


Em outubro de 1991, sob encomenda da URBS, a Volvo começou a desenvolver o primeiro ônibus Biarticulado brasileiro, batizado de "Metrobus", ele tinha 25 metros de comprimento e capacidade para transportar até 270 passageiros. Neste período foi implantada uma das maiores novidades do transporte coletivo naquela década.


Foram criadas as Linhas Diretas, servidas por veículos de cor cinza popularmente chamados de "Ligeirinhos". Através das rampas de acesso no lugar das escadas, eles permitiram o embarque e desembarque de passageiros através das estações-tudo, que serviam como pequenos terminais, possibilitando ao usuário a troca de linhas sem pagar nova passagem.


Em 2000, a substituição de 87 veículos articulados por 57 de maior porte, no eixo leste/oeste, demonstrou que no sistema adotado por Curitiba, novidades são sempre implantadas sem a necessidade de investimentos incompatíveis com a realidade da cidade.

Os avanços sociais marcam a história recente do transporte coletivo curitibano. Em 2005, o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa, reduzida para R$ 1,80.

Também foi criada a tarifa domingueira, que custa apenas R$ 1, e garante o lazer e o convívio social das famílias de baixa renda. O controle do preço da passagem conseguiu reverter a queda no número de passageiros que vinha sendo registrada desde a década de 90, e atraiu muitos curitibanos de volta ao transporte coletivo.


Hoje 2 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, composto por 1980 ônibus, que atendem 395 linhas. O sistema é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, entre outros profissionais.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mobilidade Urbana: Metrô

Capacidade de deslocamento de pessoas e veículos no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo considerado ideal e de modo confortável e seguro.


A falta de mobilidade urbana em grandes metrópoles é um problema recorrente no dia a dia de seus moradores. Com o aumento da população e conseqüente aumento do tráfego de veículos, está cada vez mais difícil e demorado se locomover nas cidades, principalmente em suas áreas centrais e de ligação.


Uma boa solução para liberação desse espaço público é o investimento em transporte público de qualidade, em especial o metrô.

Por ser um veículo que suporta uma quantidade maior de pessoas e que possui uma via de circulação exclusiva – em grande parte subterrânea –, a construção de linhas de metrô que atendam uma porção significativa das cidades é capaz de desobstruir o trânsito, principalmente em horários de pico.


Muitas das cidades mais influentes do mundo, como Londres e Nova York, utilizam a malha metroferroviária de maneira extremamente eficiente, pode ser considerado um dos meios de transporte mais rápido e de maior abrangência territorial em tais locais, o que facilita a circulação nas metrópoles e áreas vizinhas, gerando milhões de vantagens de interesse sócio-econômico.


É claro que o investimento na construção de linhas de metrô eficientes é alto. Porém a mobilidade urbana tem grande impacto na economia local, pois influi na qualidade de vida e produtividade das pessoas, no tempo gasto em locomoções (como diz o ditado, tempo é dinheiro), etc. Então, se pararmos para analisar, custa muito mais caro manter uma cidade sem uma estrutura que garanta essa mobilidade do que investir em tal tecnologia.

Um espetáculo Improvável

Um evento improvável veio à BH. A Cia de Comédia Barbixas do Humor, trouxe mais uma vez o espetáculo chamado Improvável. Com mais de 19 apresentações na cidade mineira, e um publico de mais de 13mil pessoas, (eu entre elas... claro).
O diferencial desse espetáculo é que ele não conta com atores, textos ou piadas prontas do Stand-up, ele vai por uma veia humorística, baseado em jogos de improviso e muita agilidade de pensamento, não existe tempo pra pensar ou para bolar a próxima piada.
Como é um show de improviso, o grupo garante que as cenas nunca se repetem!
Tive a oportunidade de ir no dia 11 desse mês, no teatro Sesiminas, com ingressos a 60 reais, não sobrou nenhum lugar vago!

A urbanização brasileira



Nesta obra de Milton Santos é apresentada uma síntese da urbanização brasileira como: processo, forma e conteúdo. Sob influência dos processos sociais, econômicos e territoriais como os instrumentos centrais de análise, disserta sobre a reorganização do território brasileiro, suas realidades e tendências, buscando, sobretudo, o reconhecimento dos elementos de estruturação do espaço, em suas diversas escalas de ação. Notadamente das condiçoes históricas geradas pelo sistema temporal pós-revolução industrial/tecnológica.



Milton Santos propõe temas de categorias de análise com o objetivo de dar conta da complexidade da urbanização brasileira. Este livro pode ser considerado como uma base para compreender a construção do Brasil, uma vez que também é um estudo de análise e de síntese da evolução do território e da urbanização do país. "Urbanização que se mostra corporativa, refletindo-se na distribuição desigual do meio técnico; científico e informacional, o que reforça a construção de uma sociedade 'dual' e de um espaço seletivo, no qual a pobreza se multiplica.



#curinga

Expressionismo


O Gabinete do Doutor Caligari" foi uma das primeiras obras do Expressionismo Alemão , que privilegiva os estranhos efeitos de luz e sombra na composicão de climas psicológicos, além de usar cenários e ângulos de câmera distorcidos.O prólogo e o epílogo não existiam na versão original, que pretendia ser um ataque a autoridade social. A remontagem imposta pelos produtores alterou o significado do filme, fazendo com que a ação passasse a representar o delírio de um louco. Mas isso não afetou sua qualidade cinematográfica. Ao contrário, contribuiu para tornar a trama ainda mais intrigante.Os cenários, criados em pedaços de madeira e pano pelos pintores expressionistas Walter Reimann e Walter Rohrig e pelo cenógrafo Hermann Warm, ainda existem e fazem parte do acervo do Museu do Cinema Henri Langlois, em Paris. Fritz Lang, que se tornaria um célebre diretor alemão dos anos 20, colaborou no roteiro.

http://www.youtube.com/watch?v=Y9TQkh6F4ZU

#jorge

O USO DAS RUAS

Muitos autores podem criar visões divergentes das amplas possibilidades dos usos da rua. E ao longo de toda sua obra Jane Jacobs discorre a respeito do que é necessário em uma rua para que a mesma seja um lugar agradável e com um leque variado de opções para diferentes usos.


Em sua principal obra ''Morte e vida das grandes cidades'' Jacobs afirma que as calçadas desempenham um papel fundamental para a manutenção das seguranças nas cidades. E ainda faz a observação de que quando dizemos que uma cidade não é segura , estamos nos referindo às suas calçadas.

Ela defende como sendo de extrema importância a presença de desconhecidos:
'' O principal atributo de um distrito urbano próspero é que as pessoas se sintam seguras e protegidas na rua em meio a tantos desconhecidos.''
(Jacobs, Jane, Morte e vida das grandes cidades)

Defende também que a manutenção da segurança não é feita pela polícia , ou pelo menos não apenas por esta, ainda que seja muito necessária...
''[...] pela rede intricada, quase inconsciente de controles e padrões de comportamento espontâneos presentes em meio ao próprio povo e por ele aplicados...''


EM SUA OBRA ELA DESTACA TRêS FATORES PRINCIPAIS PARA A SEGURANÇA E BOA FUNCIONALIDADE DE UMA RUA, E AQUI ANALISAREI UMA DETERMINADA RUA ESCOLHIDA EM CIMA DOS CONCEITOS DADOS POR JANE JACOBS EM SEU LIVRO.
  • Deve ser nítida a separação entre o espaço privado;
  • Devem existir os olhos da rua;
  • A calçada deve ter usuários transitando ininterruptamente.

AS MOVIMENTADAS RUAS DE BUENOS AIRES
CALLE FLORIDA
O início da rua fica bem próximo a Praça San Martín, uma das principais praças da cidade. A Calle Florida foi a primeira rua de pedestres da cidade e atualmente é considerada uma grande referência em comércio. Hoje em dia , conta com variadas lojas populares de roupas, sapatos, artigos de couro, edifícios de comércio e moradias, além dos muitos artistas que executam seu trabalho ao longo da rua durante todo o dia (muitas das vezes se estendendo ao longo da noite também.

SEPARAÇÃO ENTRE ESPAÇO PÚBLICO E PRIVADO


Esse requisito não é muito aprofundado por Jacobs. Entretanto, ela diz explicitamente que a área a ser “vigiada” precisa ter limites claros e praticáveis. É uma crítica direta aos ideais modernistas, então em voga, de construir edificações sobre pilotis soltas sobre amplas áreas verdes, de forma que os espaços públicos permeassem todo o bairro. Jacobs parece entender que tal configuração é prejudicial à segurança porque “borra” os limites do que é visto como responsabilidade de cada pessoa no que diz respeito à vigilância natural.

OLHOS DA RUA
Os olhos da rua são as pessoas, que consciente ou inconscientemente, utilizam o espaço público e/ou costumam contemplá-lo com suas casas, exercendo uma vigilância natural sobre o que ali aconte. A Calle Florida se encaixa extremamente bem dentro disso , pois é exorbitante o fluxo de pessoas que caminham e exercem suas atividade por ela, e que consequentemente a estão vigiando.

O GRANDE FLUXO DE USUÁRIOS TRANSITANDO

Esse requisito está intimamente ligado ao anterior, uma vez que uma quantidade significativa de pessoas transitando e utilizando as ruas é condição necessária para que haja olhos da rua. Tanto no sentido direto quanto indiretamente.

  • alguns artistas que se apropriam da rua e inconscientemente a tornam mais segura