quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lembranças do passado, visão do Futuro







Está ocorrendo no Palácio das Artes, organizado pela EA UFMG e apoiado pela Fundação Clóvis Salgado, a mostra 80 anos da Escola de Arquitetura da UFMG, sendo publicados simultâneamente em comemoração os livros:
-"Escola de Arquitetura da UFMG, lembranças do passado, visão do futuro";

-"Uma escola Moderna (eletrônico)";

-"Paisagem Cultural e Sustentabilidade (eletrônico)".


Na mostra pode-se conhecer um pouco mais da história da AE UFMG, seus fundadores, principais personalidades e uma exposição com fotos e descritiva dos principais edifícios que foram projetados pelos professores da escola e que fazem parte do cenário urbano da capital mineira com estilos que vão do ecletismo ao contemporâneo. Ainda no mesmo espaço são apresentados alguns dos projetos de pesquisa e intervenção urbana dos alunos da EA UFMG.
A mostra vai até o dia 08/05/11 e vale a pena conferir.
Sobre a mostra

Achei muito interessante os "books" com recortes de notícias sobre os profissionais que fizeram parte da história da EA UFMG.Um recorte que me chamou muito a atenção , devido ao fato de compartilhar da mesma opinião, estava intitulado "Função da Arte na Universidade" do professor Sílvio de Vasconcellos , então diretor da UMG , em palestra no I festival da Arte da Universidade de Juíz de Fora em 26/10/1963, na qual o professor disserta sobre o Universalismo da Arte e a riqueza de conhecimentos e sensibilidade que esta tem a acrescentar na formação dos profissionais , além de fazer um paralelo sobre os perigos das tendências especializadoras em vista da necessidade de se harmonizar a emoção da estética com as ciências e técnicas.

Também achei muito válido conhecer um pouco sobre os principais profissionais da escola e suas obras como Raffaello Berti, Sílvio de Vasconcellos,Raphael Hardy e Hygina Bruzzi .

Dos três estilos predominantes na exposição (Ecletismo, Art Déco e Modernismo) o que mai me impressionou foi a mescla Art Déco e Modernismo, pois aborda elementos tanto estéticos quanto urbanistas, incorporando beleza e funcionalidade.Identifico estes estilos como os que mais acontecem na paisagem urbana de Belo Horizonte e de muitas outras grandes cidades brasileiras por onde passei, apresentando-se ora juntos em uma mesma obra , ora únicos como estilos característicos de uma época. Já tive a oprtunidade de conhecer alguns dos edifícios apresentados como o Acaiaca, Walmap, Santa Casa De Misericórdia de BH e Condomínio Pilar , chegando a me hospedar durante uma semana no apto de minha irmã no Condomínio Solar , na rua João Pinheiro.

O projeto "Diálogos", sobre intervenção de equipe de alunos e professor junto a favelas e comunidades carentes me mostrou como se pode promover a "Mediação da Informação". A experiência prática como engº civil , fez-me concordar com a necessidade da "desconstrução das Hierarquias "existentes entre o conhecimento científico-acadêmico e o conhecimento dos moradores inseridos na comunidade em questão.Tal procedimento, a meu entender, é uma forma bastante eficiente de intercâmbio de informações entre as interfaces Academia/município/comunidade , muito a acrescentar na formação dos futuros profissionais e apresentação de soluções efetivas para problemas urbanos nas comunidades.

O projeto de intervenção urbana "Módulo Mínimo de Permanência" me fez refletir sobre os principais problemas que assolam as grandes cidades hoje em dia como o movimento pendular (trabalho-casa) ,um dos vilões do trânsito ; a questão da qualidade de vida na moradia, uma vez que me questiono sobre a forma "sofrida " e desnecessária(ou será necessária?) com que muitas pessoas se deslocam todos os dias do trabalho para as suas moradias e se, ao chegarem em casa, continuam "sofrendo", também devido a questões urbanísticas.

Um ponto negativo da mostra é a falta de mais elementos de projeto como maquetes e desenhos gráficos num espaço um pouco maior.

Fonte: post, sites http://www.fcs.mg.gov.br/ e http://www.arquitetura.ufmg.br/










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