Em meados de 2009 o terreno onde estavam instaladas antigas construções da extinta Febem – Fundação Estadual do Bem do Menor – hoje abriga em 67 mil metros quadrados, em novas formas, os primeiros núcleos do Plug Minas – Centro de Formação e Experimentação Digital.
Entrada do Plug Minas
Localizado na zona leste de Belo Horizonte, o edifício funciona com um cardápio diversificado de atividades que têm de base a cultura digital e as artes.
O edifício de recepção e entrada do conjunto, núcleo Caminhos do Futuro, foi projetado pelo arquiteto Rafael Yanni. Assim como a extensa passarela que interliga os núcleos, instalados nos antigos pavilhões da penitenciária infantil, que foram remodelados por Luciana Miglio Cajado.
Planta baixa - núcleo Caminhos do Futuro
1. Galeria / 2. Hall / 3. Depósito / 4. Atendimento / 5. Copa / 6. Escritório / 7. Guarita / 8. Pátio / 9. Jardim / 10. Praça
1. Galeria / 2. Hall / 3. Depósito / 4. Atendimento / 5. Copa / 6. Escritório / 7. Guarita / 8. Pátio / 9. Jardim / 10. Praça


A nova construção é um projeto de Rafael e foi proposto para funcionar como porta de entrada, acolhendo estudantes, professores e visitantes. Além disso, recebe uma galeria para exposições de peças produzidas por alunos no Plug ou por convidados.
A entrada da galeria, à esquerda, é livre, mas o acesso ao interior do Plug Minas é controlado por catracas
Todo o conjunto, que inclui foyer, pátio de chegada e praça posterior, foi idealizado de forma a funcionar como um espaço informal para manifestações criativas diversificadas. Segundo o próprio arquiteto, a intenção era dar um tratamento formal e institucional ao pátio de chegada, mas assim que o visitante avançasse, ele seria impulsionado para dentro do edifício pelas diagonais amarelas.
Para acessar o conjunto é necessário passar por catracas, mas o acesso à galeria é livre. Logo depois da porta de entrada existe a “Praça dos Morrinhos”, nome dado pelo autor da obra. O novo ambiente é acolhedor e densamente arborizado.
O percurso que conecta o edifício de entrada ao último núcleo de estudo pode se dar pela extensa passarela. Em certos trechos, pode-se observar contornos escultóricos da superfície de concreto pigmentado em tom vermelho. Na entrada de cada núcleo, o piso da passarela se dobra do solo e configura totens que são utilizados para a identificação dos espaços. Dois totens de dez metros de altura arrematam a composição.
Passarela
Há trechos em que a arquitetura da passarela se assimila elementos esculturais
A passarela foi construída com concreto pigmentado
Totens de sinalização
Na reformulação feita nos pavilhões, as fachadas foram padronizadas e houve a recuperação dos telhados. As grades e outros elementos de repressão foram trocados por grandes vidraças, uma representação da mudança conceitual do espaço assim como descrita no site do Plug: “O lugar que antes reprimia e punia mudou seu modo de encarar e acolher a juventude. As grades foram retiradas e substituídas por janelas de vidro”.
Pátio Interno de um dos Núcleos
Pavilhões Reformulados
Segundo Yanni, o ambiente natural e as árvores existentes foram aproveitadas, basicamente trabalhou-se as superfícies gramadas para a composição do paisagismo local. “Apenas na rotatória de entrada foi executado paisagismo com intenções exuberantes e geometria dura, composto de várias espécies de capins, gramas e flores”, ele conclui.
O paisagismo exuberante na rotatória de entrada
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