quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Land art

Land Art

Em meados dos anos 60, artistas americanos e europeus começaram a se expressar com um novo tipo de arte contrapondo com o extremo minimalismo na composição de obras daquela época e o seu consumo alheio, junto com uma conscientização ambiental. O Land Art (arte da terra, da paisagem) talvez não possa ser chamado de um movimento artístico, mas foi uma forma de expressão que rompeu com museus e galerias.



Espiral", realizada por Robert Smithson em 1970, no Great Salt Lake, construída com terra e pedra sobre a água, numa extensão superior a quatrocentos metros, posteriormente destruída pela própria água.


Estes artistas, que se integram num movimento cultural mais vasto que preconiza o "regresso à natureza", têm a intenção de ultrapassar as limitações do espaço tradicional das galerias, recusando o sentido comercial e mercantilista que a produção artística assumia nesta década. Quase todas as manifestações de Land Art são efémeras, ligando-se intimamente à paisagem para e na qual foram criadas, procurando normalmente locais incessíveis ao público. Estas experiências, destruídas mais ou menos rapidamente por ação do tempo e dos agentes naturais, colocam o problema da perenidade da obra e determinam a necessidade de usar meios de registo e de documentação como o vídeo ou a fotografia. Muitos destes trabalhos são apenas conhecidos pelos documentos que os representam.

Robert Smithson, Broken Circle


The Lightning Field, feito em 1977, é composto por 400 barras de aço que formam uma malha de mais ou menos 1 km. É uma escultura para caminhar por dentro e também para ser vista de longe, caso queira presenciar um espetáculo de relâmpagos. Atualmente, pode-se ir ao Novo México e visitar a obra.


Na origem da Land Art esteve a tendência para utilização de elementos naturais, como a pedra, a terra e o sal como meio expressivo e como elementos constituintes das obras de arte.Elas serviram como crítica à escassez de nossos recursos naturais e também à nossa sociedade hiperconsumista de crescimento industrial desenfreado, pois não há como se cotar uma obra dessas.


Aulus de Paula (#REF)

MARCHAN, Simon. Del arte objectual al arte de concepto: las artes plasticas desde 1960. Madri: Alberto Corazon, 1972

http://www.arquitetonico.ufsc.br

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