Instalação Stalker II - Platform Seoul 2009, Seoul, KR, 2009. Que une quatro corredores uniformes e em cada quina há um espelho fazendo uma reflexão de 360 graus e possibilitando a perda da noção espacial e da arquitetura do lugar.
O coletivo AVPD que iniciou os trabalhos em 1997 em Copenhagen, Dinamarca, conta com os artistas
plásticos Aslak Vibæk ( 1974) e Peter Døssing (1974). E desde lá explora interseções entre linguagens das Artes plásticas, Arquitetura, Ciência e Humanidades num “estranho” tipo de laboratório espacial, que tem enfoque nas percepções da relação do homem com o espaço. Ao que parece coexiste uma relação cênica com o espaço, onde o próprio intervem na natureza humana. Relações estas presentes tanto na Arquitetura como nas Artes Plásticas, onde o homem interage com o espaço e o espaço interage com o homem.
Ambientes virtuais, em três dimensões, provindos de jogos de computador e ficção científica cinematográfica fazem parte da cartela de referência do grupo. Que utiliza estes domínios ficcionais para criar novas atmosferas entre o espaço e o homem. Feito já realizado por Cildo Meireles , Adriana Varejão, Rivane Neuenschwander, Nuno Ramos, Rodrigo Matheus e outros artistas brasileiros contemporâneos ou não, que se aderiram à instalação e às diversas configurações espaciais como linguagem, mesmo na maioria das vezes com uma referência distinta do Coletivo AVPD.
“Estes fenômenos ocorrentes na dimensão do corpo-espaço são normalmente fixados no campo da ficção,
mas nossa aproximação artística se dá em desenhar e transpor estes experimentos de espaços ficcionais
para uma realidade física, com o homem como o objeto experimentador\experimentando deixado à experiência do espaço desconhecido.”
- Texto da proposta do coletivo AVPD
O coletivo denomina esse trabalho com percepções espaciais de Metarquiteturas, e através destas formas
de aproximação cria espaços sensoriais, cujo objetivo é deslocar e desafiar a percepção do espectador,
criando ora espaços ilusórios ora múltiplos espaços, numa tentativa de repensar a relação triangular entre o
subjetivo, o objeto e o contexto, de modo que a percepção cognitiva,emocional e intelectual sobre os
espaços seja alterada de alguma forma.
Exemplo de um destes espaços é o Hitchcock Hallway que remete ao cineasta Anglo-americano Alfred
Hitchcock que utiliza de táticas de espaço para aumentar a tensão de seus longas, principalmente os mais abusivos do plano sequência e para motivo de falsos cortes na edição, que aparecem aqui pela perspectiva perfeita da disposição das portas, escondendo assim o corte de uma para outra (o uso de portas para encerar cenas também é um uso frequente do Diretor, que pega referência no cineasta clássico alemão Ernst Lubithsch).
Hitchcock Hallway – Coletivo AVPD
IKON Eastside, IKON Gallery, Birmingham, UK, 2010
O espaço em questão não possui narrativa e nele coexistem várias portas em um só corredor, e cada uma
dessas portas se abre para um espaço que diminui com a distância para a saída. Ou seja, um corredor de
portas e assim várias entradas que dão em uma só saída, alterando assim o julgamento quanto à posição no
espaço e sobre a variação dos tamanhos de espaços que por diminuírem de forma sutil acaba confundindo
quem os adentra. Como mostra o planta e o diagrama a seguir:
Outro exemplo de intervenção, que embora seja bem mais conceitual que poético (sensorial), tem um
fundamento nas questões dos usosdos materiais e em suas respectivas funções, é o Conceal, onde 113 de
chapas de vidro transparente de3mm deexpessura são amontoadas, em frente à uma janela, e assim o vidro
que naturalmente é usado paradeixar passar a luz, começa a desconstruir sua função e criar um aspecto de
transparência opaca, onde de fora há a sensação do vidro, o reflexo, e seu aspecto padrão, porém não existe
transparência..
fundamento nas questões dos usosdos materiais e em suas respectivas funções, é o Conceal, onde 113 de
chapas de vidro transparente de3mm deexpessura são amontoadas, em frente à uma janela, e assim o vidro
que naturalmente é usado paradeixar passar a luz, começa a desconstruir sua função e criar um aspecto de
transparência opaca, onde de fora há a sensação do vidro, o reflexo, e seu aspecto padrão, porém não existe
transparência..
Diagrama das lâminas de vidro
Conceal – AVPD - Aspecto externo
Solo show, IKON Gallery, Birmingham, UK, 2010
approx. 88 x 74 x 36 cm
113 folhas de 3 mm de vidro transparente de janela, filetes de madeira, parafusos, tinta.
approx. 88 x 74 x 36 cm
113 folhas de 3 mm de vidro transparente de janela, filetes de madeira, parafusos, tinta.
Aspecto do interior – As 113 chapas de vidro quando sobrepostas criam um aspecto espalhado.
O coletivo dinamarquês é colaborador de apenas duas galerias fora da Dinamarca,uma delas em Londres, a
UNION gallery, e a outra é em São Paulo, a Galeria Leme.
Fontes:
http://www.avpd.net/main.html
CAPUZZO, Heitor. Alfred Hitchcock: Ocinema em constru
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