sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Releitura da cadeira LCM


Uma breve história do casal Eames…
Charles Eames (1907/1978), nascido no estado de Missouri, EUA, estudou arquitetura na Universidade de Washington. Devido a suas idéias muito modernas, alguns dizem que ele abandonou o curso após dois anos, enquanto outros especulam que ele foi expulso da universidade.  
Tempos mais tarde, Charles Eames retomou o curso na Academia de Arte de Cranbook, tornando-se professor e chefe do Departamento de Desenho Industrial através de seu parceiro e amigo Eero Saarinen, filho do arquiteto finlandês Eliel Saarinen, no qual exerceu forte influência sobre Eames. Foi neste momento que ele conheceu sua colega e, posteriormente, sua segunda esposa Ray (1912/1988).
Juntos, Charles e Ray Eames atuaram nas mais diversificadas áreas, como design industrial, arquitetura, filmes e na construção de mobiliários únicos, como a cadeira LCM, de 1945/46, na qual será dada ênfase neste tópico.


A cadeira LCM – Lounge Metal Chair

Ao planejar suas cadeiras, o casal Eames frequentemente apresentava diferentes combinações de assentos e armações da base. Na cadeira LCM, a estrutura tubular cromada dos pés é conectada ao laminado de carvalho do encosto e assento por meio de montagens em choque, criando desta forma, um contraste entre estrutura metálica aparente e madeira. Em 1946, essas cadeiras foram produzidas com revestimento em couro, porém, em menor escala.
Dimensões
Largura: 53 cm
Profundidade: 54 cm
Altura: 67 cm
Altura do assento: 37 cm





A oficina

Baseados na cadeira LCM, produzida pelo casal Eames, projetamos uma releitura da mesma utilizando madeiras e ferragens, conforme era a proposta da oficina. Para tal, utilizamos como matéria prima para a confecção da cadeira, madeira de deck no assento e no encosto e eucalipto para produzir os pés e o apoio para o encosto, devido à resistência dele. Para fixação e melhor sustentação das partes, usamos parafusos de madeira para prender e mão francesas para reforçar os pés, que pelo fato de possuírem uma ligeira inclinação como no projeto original, necessitaram de mais reforços para sustentarem grandes cargas de peso.



 Optamos por não revestir a cadeira como no projeto dos Eames para demonstrar as estruturas que usamos no processo de construção, que era uma das propostas da oficina. Como um artifício para melhor fixação das peças umas nas outras, colocamos juntamente com os parafusos de madeira cola para madeira, que quando em repouso por aproximadamente 5 horas, seca e se torna uma grande aliada na fixação e ajuntamento das peças. Como forma de acabamento da cadeira, lixamos as peças que apresentavam quinas, pois poderiam causar algum tipo de desconforto ao usuário e também porque esteticamente ficaria mais bonito.

Fizemos alguns ajustes no projeto original para adequá-lo ao material que possuíamos, portanto, encontramos a necessidade de remover uma viga que sustentava os pés logo abaixo do assento, encaixando-os diretamente no assento. Já como uma característica marcante do projeto que decidimos preservar, pode-se citar a diferença entre a altura dos pés que causa uma declividade no assento (os pés dianteiros são mais altos que os pés traseiros) e a inclinação dos quatro pés da cadeira para fora.




Grupo: Clarissa Campos, Júlio César e Mariana Barros

Referências Bibliográficas

1. <http://www.eamesoffice.com/> Acesso em 27 de outubro de 2011.
2. <http://www.eamesgallery.com/> Acesso em 27 de outubro de 2011.
3. <http://www.bonluxat.com/a/Charles_and_Ray_Eames__LCM.html> Acesso em 27 de outubro de 2011.

Nenhum comentário: