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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gaudí

Antoni Placid Gaudí i Cornet foi um arquiteto espanhol nascido na Catalunha em 1852. De origem humilde, desde cedo demonstrou interesse pela arquitetura, tendo estudado na escola provincial de arquitetura de Barcelona, onde estão a maioria de suas obras. Seu distinto estilo se caracteriza pela liberdade de forma, cor e textura voluptuosas.

Em seus projetos escolares, já era muito evidente um estilo Vitoriano bem florido, mas o estilo de Gaudí atravessou diversas fases. Rapidamente desenvolveu uma maneira de compor por meio de justaposições de massas geométricas, cujas superfícies eram animadas com tijolo modelado ou pedra, estruturas de metais utilizando motivos florais e painéis cerâmicos de cores vivas, até então esta justaposição jamais tinha sido usada. Gaudí também usou do Mudéjar, uma mistura especial da arte mulçumana com a cristã, cujos exemplos são a Casa Vicens, El Capricho e o Palácio de Güell. Posteriormente, experimentou vários estilos arquitetônicos: o gótico no Palácio Episcopal de Astorga e Casa de los Botines; o barroco na Casa Calvet em Barcelona. Entretanto, após 1902 seus projetos não podem ser atribuídos a estilos arquitetônicos convencionais.

El Capricho

Palácio Episcopal de Astorga

Os edifícios de Gaudí passaram a ser representações de sua estrutura e dos materiais que os constituem. Chegou-se a um tipo de estrutura chamada equilibrada, ou seja, uma estrutura projetada para se apoiar sobre si própria sem apoios externos ou internos. Segundo Gaudí, seriam exatamente como uma árvore se ergue. Exemplos de edifícios construídos com o sistema equilibradosão a Casa Batlló e a Casa Milá.

Sobretudo, sua maior e mais famosa obra foi o Templo Expiatório da Sagrada Família, o qual se dedicou por grande parte de sua carreira e ainda sim estava inacabado quando morreu. A construção o fez cada vez mais religioso e chegou a residir nos estaleiros da obra, até que morreu atropelado aos 75 anos.

Gaudí foi ignorado durante os anos 20 e 30, mas foi redescoberto nos anos 60, sendo reverenciado pelo público em geral e por profissionais, devido à sua imaginação transbordante.