A torre foi projetada pelo escritório RAFAA em Zurique, na Suíça para participar da Competição Internacional de Arquitetura para os Jogos Olímpicos de 2016. Consiste em uma usina de energia solar que produz energia para a vila olímpica e para parte da cidade anfitriã. Com o excesso de energia será bombeada a água do mar em uma torre e à noite a água pode ser liberada novamente e, com a ajuda de turbinas, irá gerar eletricidade que poderá ser utilizada para a iluminação da torre ou da cidade.
A torre-cascata foi escolhida como a resposta adequada à proposta inicial e, além de sua abordagem sustentável, a torre possui a função de torre de observação e se tornará num símbolo de boas-vindas para quem chegar ao Rio de Janeiro por via aérea ou marítima. Dispõe também de anfiteatro, auditório, cafeteria e lojas que são acessíveis no piso térreo, além de vários observatórios e uma plataforma retrátil para a prática de bungee jumping.Embora eu não tenha encontrado muitos detalhes sobre a arquitetura e construção da edificação, pelo fato desta ainda ser apenas um projeto, já não sou tão a favor de sua aprovação. Apesar de ser uma estrutura moderna, bonita, luxuosa e baseada na sustentabilidade, não creio que seja a obra ideal para representar as olimpíadas no Brasil.
Primeiramente, seu visual e, principalmente, a artificialidade da cascata, são incompatíveis com a sua suposta localização, pois a torre estará cercada de paisagens naturais e a própria natureza da cidade já é um atrativo.
Em segundo lugar, ao contrário das olimpíadas de 2008, a construção não reproduz nenhuma característica da cultura brasileira. Em Pequim foi possível conhecer a cultura chinesa através de seus estilos nas construções e também nas apresentações.
Por último, acredito que devemos priorizar e valorizar os profissionais que temos no Brasil e dar a eles a oportunidade de expor suas ideias e seus trabalhos. Afinal, quem melhor para projetar um símbolo para a olimpíada de 2016 no Brasil que um brasileiro? Este que conhece melhor a nossa cultura, nossos estilos e vivencia os problemas e dificuldades que precisamos superar?
Enfim, pesquisando mais sobre a Solar City Tower, encontrei inúmeras críticas e posso dizer que os brasileiros que opinaram sobre o assunto, em sua maioria, não apóiam o projeto da forma em que foi proposto e, entre essas críticas, está a da Inverde, Instituto de Pesquisas em Infraestrutura Verde e Ecologia Urbana, que praticamente comprova a inviabilidade da obra através de leis e da falta de embasamento científico e técnico.
Vale a pena conferir o site da Inverde:
http://inverde.wordpress.com/2010/05/25/bad-joke/
Um comentário:
Com muito respeito à sua opinião, tenho que dizer que discordo bastante dela. Primeiro, porque não vejo em que sentido uma construção humana (que sempre é artificial) não pode se integrar à natureza. Fosse assim, o Cristo Redentor jamais poderia ter sido colocado onde este se encontra. Acredito que um projeto tão ousado e visionário, apenas somaria às belezas naturais do Rio. Em segundo, não entendo a afirmação de que o projeto não simboliza o Brasil. Trata-se de uma moderna cascata, o que por si só, já remonta à tropicalidade do país. O projeto traz contemporaneidade à cidade e todo mundo sabe que isso é algo que todas as cidades brasileiras ainda carecem muito. E para evidenciar isto, basta olhar para os edifícios e arranha-céus do país. A maioria, decepcionantemente, não impressiona! Arquitetura ordinária e medíocre, pouco uso de vidros e a pouca altura (ainda não há no país um edfício com altura acima de 200m). Acho que um projeto como esse, fala de um Brasil universal e não só regional; fala de um Brasil que está despontando e que merece ousadia, modernidade; fala de melhorar a auto-estima de um povo que ainda não está totalmente acostumado a pensar mais à frente e ao que há de melhor em tecnologia e design.
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